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Dragon Ball Daima – A última travessura de Toriyama


Macho, terminei ontem Dragon Ball Daima e te digo logo: entrei com o pé atrás, viu? Esse lance de transformar os personagens em criança de novo me deu até um déjà vu do trauma chamado Dragon Ball GT. Pensei: “Lá vem mais uma marmota com Goku pivete.” Mas fui... e não é que a coisa me surpreendeu?

Sim, a proposta ainda tem uma pegada mais leve, no estilo do Dragon Ball raiz, aquele que a gente assistia nao SBT Mas o conteúdo, man, tá recheado de informações sobre o passado das raças do universo. Os Namekuseijins, por exemplo, ganham um desenvolvimento que nunca tinham recebido antes. Pela primeira vez, soubemos o nome do pai do Kami-Sama — que, num rolê muito Japão, esqueceu o próprio nome mas lembra o nome do pai.


E sobre o Majin Boo, segura essa: não foi o Bibidi que criou a criatura, não! Quem puxou o bicho pro mundo foi uma bruxa cabulosa do Reino dos Demônios, e de quebra ainda criou dois Majin clones: o Majin Kuu e o Majin Duu. Cada um com seu jeitão, mas tudo com aquela vibe gosmenta e destruidora que já conhecemos.

Ah, canonizaram o Vegeta Super Saiyajin 3, man! Mermão, QUE TRANSFORMAÇÃO PHODABAGARAI! O homi finalmente brilhou naquela forma que até então só existia em desenho de fã, camiseta de camelô e jogo de celular. A animação fez jus, com direito a sobrancelha sumida, cabelão e aquele olhar que diz “agora tu apanha, disgraça!”

E tem mais: o Goku SSJ4 também deu as caras. Com diferenças visuais e conceituais em relação ao do GT — aqui ele tá mais rosado, com as mãos grandonas e a postura mais animalesca, remetendo mesmo ao Oozaru. Mas confesso: a emoção não bateu do mesmo jeito, viu? No GT, tinha o peso da transformação do Goku em Oozaru Dourado, o bicho perdendo o controle, a Pan chorando, o Goku voltando no grito... aqui foi mais direto, mais seco.


E aí vem a pulga atrás da orelha: se Daima se passa antes de Dragon Ball Super, como é que a gente nunca viu essas transformações lá? Cadê o Vegeta SSJ3 na hora que o Bills deu um tapa na Bulma? Ou o Goku SSJ4 enfrentando o Freeza Dourado? Sumiu, evaporou. Fizeram o famoso “aconteceu, mas finge que não”. Eu até entendo que talvez Toriyama tenha bolado essa história antes de Super, ou paralelamente, mas quando tu lida com história não linear, mah... furos aparecem que nem espinha em quem come coxinha todo dia.

Mesmo com essas doideiras temporais, Daima é leve, divertida e cheia de momentos bons. Tem porrada gostosa, piada besta no ponto certo, e umas interações que tu vê que o véi Toriyama tava querendo fazer há muito tempo. A Toei, espertinha, reaproveitou umas dessas ideias no GT lá atrás — como o conceito de heróis mirins e o visual do SSJ4. Mas aqui o negócio tá mais coeso, mais redondinho, mais com gosto de obra com supervisão direta do pai da criança.


E, como sempre, a dublagem brasileira tá um espetáculo à parte. A galera da voz se garantiu de novo, com destaque pro Vegeta, que segue sendo o dono da p**** toda. Marrento, sarcástico, e com lutinhas que entregam o que prometem. E mah... a cena em que a Bulma ameaça não tomar mais banho com ele é de chorar de rir. Agora entendi como foi que ela domou a fera: foi na chantagem com sabonete, viu?

No fim das contas, Dragon Ball Daima não é o ápice da franquia, mas deixa um gostinho bom de despedida. Foi o último grito criativo do mestre Toriyama, e mesmo com tropeços e decisões duvidosas, é bonito ver que o véi ainda tinha lenha pra queimar. E nós, fãs de longa data, mesmo reclamando, vamos assistir tudo. Porque se tem uma coisa que une mais que Genki Dama, é nostalgia de anime maluco com porrada e gritaria.

Marcio Oliveira

4.5

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