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Marry Me – Carisma que contagia



Comédias românticas em geral raramente tiram coelhos da cartola ao longo da narrativa, e Marry Me apresenta uma conjuntura igualmente bem estruturada em não criar nada de outro mundo. Porém, é importante salientar que quem sabe fazer um ótimo “feijão com arroz” já conquista muita gente! E esse é o caso de Marry Me, ou Case Comigo, estreado por Jennifer Lopez (Kat Valdez) e Owen Wilson (Charlie Gilbert), e esses dois nomes carregam muito do filme nas costas!

A obra conta a história de uma cantora famosíssima do cenário pop que decide se casas fazendo um grande show, transmitido ao vivo, que teria uma média de 2 milhões de pessoas como “convidados”. No meio ao show/casamento, Kat Valdez descobre que seu noivo, um outro músico famoso com quem ela fazia músicas juntos há algum tempo, estava traindo-a com uma assistente de produção. Sem pensar muito, Kat decide que irá se casar com uma outra pessoa, uma pessoa aleatória da planeia, e, por uma grande obra do destino, ela escolhe Gilbert: um professor de matemática, pai solteiro, desprendido das tecnologias digitais e do mundo corrido que Kat respira o tempo todo. No meio dessa confusão, o mundo dos dois se chocam e eles percebem o quanto amor, matemática e música podem se misturar.
Um dos pontos positivos do filme é sua capacidade de reduzir o tempo de narrativas que não são o foco principal da história, mas que são necessárias a ela, como no início do filme, onde toda a trajetória de Kat é orientada ao espectador em pouquíssimos minutos. Outro ponto forte do filme torna-se sua honestidade e produção engenhosa, a combinação desses dois itens faz tudo parece verossímil: os momentos chaves que iniciam o conflito do filme, a forma como as mídias são abordadas na obra, meios jornalísticos, bastidores etc.


Porém, nada disso garante que Marry Me se transforme naquela obra que “vale a pena assistir”, não se analisarmos essas conjunturas isoladamente. A carta na manda da obra está justamente na atuação de Owen e Jennifer, que carregam um par romântico extremamente funcional. Ora, Owen Wilson é um dos atores mais carismáticos de Hollywood, que conquista os fãs em cada obra que ele se encontra: Extraordinário, Marley e Eu, Loki, bater ou Correr, dentre outros. Ele quase sempre está atrelado a papeis de personagens “leves”, carismáticos, cômicos, bonzinhos e que cativam o público com a mesma estratégia de sempre, mas com pequenos detalhes diferentes que sempre, ou quase sempre, funciona.
A obra é um musical (vale a pena ressaltar), e como todo musical, não precisamos discutir muito sobre a importância de Jennifer Lopez no filme, que traz consigo um poder significativo nas músicas, dando personalidade a elas, de forma que até mesmo aqueles que não são amantes de musicais (que é o meu caso) conseguem se divertir com a obra. Sua atuação também entrega uma personagem que parece carregar um pouco dela, como se ela respirasse, ou já tivesse vivido aquele mundo de fofocas, conflitos sobre imagem e exposição, que é comum de toda grande celebridade – o que, mais uma vez, contribui para tornar o filme verossímil.


A forma como o roteiro é escalado, fazendo com que elementos expostos em diálogos simples ganhem forma e continuidade na obra, faz dele ser contemplado de forma muito prazerosa, sem muito esforço, ou enjoou. O carisma dos protagonistas soma bastante nesse momento, como anteriormente ressaltado; e as falas engenhosas, principalmente nos momentos em que os mundos de Gilbert e Kat se chocam, ganham formas bem definidas, centralizadas e envolventes.

Para aqueles que gostam de comédias românticas leves, ou que gostam de musicais relativamente bem elaborados, Marry Me pode ser uma boa escolha para os fins de semana do pessoal do time da preguiça, que quer apenas assistir um filme levinho em casa, ou que estejam afim de assistir nos cinemas algo pra desopilar. A obra é bastante sincera, carrega uma energia positiva muito forte e uma reflexão não só sobre o amor, mas sobre os tempos da modernidade absurda em que vivemos e como isso pode mexer com os casais, positivamente e negativamente, principalmente quando ambos estão abertos a viver o mundo do outro. Leila Domicio 3.5

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