HOMEM-ARANHA: LONGE DE CASA | Confira nossa resenha sem spoiler

HOMEM-ARANHA: LONGE DE CASA | Confira nossa resenha sem spoiler


Após Vingadores Ultimato finalmente chegamos ao filme que encerra a saga do infinito. Homem-Aranha Longe de Casa veio com uma missão dupla, de conectar a história com o filme anterior e nos mostrar o que virá daqui em diante. Sem "leruaite" vamos partir para o que interessa!
  1. SINOPSE
Peter Parker (Tom Holland) está em uma viagem de duas semanas pela Europa, ao lado de seus amigos de colégio, quando é surpreendido pela visita de Nick Fury (Samuel L. Jackson). Precisando de ajuda para enfrentar monstros nomeados como Elementais, Fury o convoca para lutar ao lado de Mysterio (Jake Gyllenhaal), um novo herói que afirma ter vindo de uma Terra paralela. Além da nova ameaça, Peter precisa lidar com a lacuna deixada por Tony Stark, que deixou para si seu óculos pessoal, com acesso a um sistema de inteligência artificial associado à Stark Industries.
Os primeiros minutos de filme são importantes para a conexão com Ultimato, e isso tudo acontece durante um vídeo do jornal da escola de Peter. Nele vemos de forma divertida, um apurado dos últimos 8 meses desde o estalo do Hulk que trouxe de volta todos que tinham virado pó. Nisso, é claro, que vemos diversas curiosidades como o fato de os alunos que não viraram pó estarem cinco anos mais velhos que os demais. Talvez seja nesse contexto que Miles Morales possa ser introduzido futuramente no MCU.

O início também mostra como Peter está lidando com a vida de herói da vizinhança, sua relação com a Tia May, e o fato do Happy Hogan estar presente demais em sua vida. Os olhares dos dois são muitos estranhos, e isso deixa Peter de orelha em pé.

"Esse bicho tá querendo gabelar minha tia."

Querendo um descanso, viver como qualquer pessoa e chegar junto em sua cremosa “MJ”, Peter aproveitar uma excursão da escola pela a Europa e assim deixar um pouco de lado sua vida de herói. Mas nem tudo são flores na vida do jovem Peter Parker. Durante sua estadia em Veneza, a cidade é atacada por uma criatura gigantesca em formato de água, e no meio da tentativa de salvar as pessoas, surge um novo “herói”, com poderes suficientes para derrotar o inimigo. Pouco tempo depois esse “herói” é apresentado por Nick Fury como um aliado vindo de um universo paralelo, chamado Quentin Beck. O codinome “Mysterio” assim como nos quadrinhos é estabelecido pela imprensa.

Depois do Abutre interpretado por Michael Keaton, é claro esperávamos um novo vilão a altura, e Quentin Beck de Jack Gyllenhaal conseguiu superar as expectativas. Beck é um personagem sombrio, ardiloso, inteligente e extremamente carismático, que traz consigo toda uma história pregressa, onde sua família e seu mundo foram destruídos pelos seres elementais que estão surgindo. Sua missão é destruí-los por completo para que o mesmo não venha a acontecer com o nosso.

Quem conhece o Mystério dos quadrinhos, sabe que suas habilidades de manipulação e ilusionismo foram capazes de fazer o Wolverine matar todos os seus colegas na Mansão Xavier, e isso é mostrado no filme de forma única e deslumbrante, me fazendo ter a sensação de estar assistindo a um episódio do desenho dos anos 90, ou lendo um quadrinho por ver na telona algo tão bem feito e grandioso.

O conceito de “multiverso” é mencionado pela primeira vez aqui, em uma cena que pinga nerdice. Peter mostra todo seu deslumbre, empolgação e conhecimento sobre a teoria das cordas e a possibilidade de realmente existir infinitos universo. Como esta é uma análise sem spoiler, não posso falar muito sobre esse quesito que é algo que ficará para outra matéria, beleza?

Ao encontrar Nicky Fury e conhecer Quentin Beck, a trama mostra seu plot principal, que são os óculos deixados por Tony Stark. É claro que se tratando do Stark, esses não seriam apenas óculos, mas um sistema operacional que controla todo um arsenal tecnológico das Industrias Stark. Não sou muito fã do envolvimento do Homem-Aranha com a tecnologia Stark, que foi um dos pontos fracos do personagem no primeiro filme. Gosto dele mais simples, como foi mostrado na trilogia de Sam Raimi e nos dois filmes comandados por Mark Webb. Aqui felizmente essa tecnologia começa a se restringir apenas a aparatos externos, pois, Peter começa a usar menos dela em seu traje novo, dando mais autonomia e personalidade ao personagem. Sim, Peter começa a andar com as próprias pernas, focando a resolução de seus problemas com suas habilidades, e o lança-teias que ele mesmo desenvolveu.

Seu você gosta da cena inicial do Espetacular Homem-Aranha: A Ameaça de Electro, e toda a movimentação que nos foi mostrada naquele filme, esse aqui vai te deixar satisfeito. Toda a movimentação, manobras no ar, utilização das teias de forma inteligente e precisa, balanço sobre os prédios de Nova York, saltos e acrobacias estão impecáveis. Acredito que isso se deva ao fato de não ter quase a metade do orçamento gasto para pagar uma participação do Robert Downey. Jr., tenha ajudado bastante nesse quesito. As cenas de ação são de tirar o fôlego!

Se você pensa que é só de cenas de ação e efeitos visuais que esse filme se firma, você está enganado. Algo que sempre me cativou no Homem-Aranha foi seu elenco de apoio, e esse foi escolhido a dedo. É impressionante como cada um deles consegue nos cativar de forma tão simples, e até mesmo Flash Thompson descaracterizado tem uma cota de importância aqui. Esse é um personagem que não gostei muito de sua visão, ainda espero que consiga evoluir nos filmes seguintes, e que possa ao menos dar um vislumbre do Flash clássico.

Por fim, Homem-Aranha Longe de Casa não é apenas um filme divertido, mas com toda certeza é uma das maiores estreias deste ano. É melhor que o primeiro, e posso até dizer que gostei mais do que de Vingadores Ultimato com seus enchimentos de linguiça. O filme é do Homem-Aranha, sem a interrupção de qualquer outro vingador, tem espaço para brilhar, ele faz e acontece, desenvolve o que precisa, chama para si a responsabilidade. Tá deixando de ser menino para virar homem. Tom Holland está MUITO bem em todas as cenas. O moleque é bom e carismático pra caramba, e isso é muito importante para o papel.

Outra coisa que gostei ainda mais nesse filme, foi da Zendaya como Michelle “MJ” Jones, que traz um nome com uma sonorização familiar, mas deixando claro que ela não ali é Mary Jane Watson. Não sabemos nem se existe uma “Mary Jane” nesse universo, e se realmente tem necessidade de haver alguma. A relação deles surge de forma envolvente, onde toda a magia está nos mínimos detalhes. Achei massa como a direção se preocupou em passar toda a sensação de romance adolescente. Os olhares, e o sentimento que rola só de tentar segurar a mão um do outro. Quem nunca passou por isso?

Como de praxe, o filme possui duas cenas pós-créditos, sendo a primeira um presente para os fãs do aracnídeo nos cinemas, e a segunda uma abertura para o futuro do MCU. Ficou curioso? Aconselho que assista o filme sem informações anteriores, sem ver materiais vazados, pois assim sua experiência será muito melhor.

Espero que tenha gostado, e que esse texto o tenha feito sentir vontade de conferir o filme. Caso tenha assistido, comente, deixe aqui sua opinião!







  1. FICHA TÉCNICA
Título original: Spider-Man: Far From Home
Data de lançamento: 4 de julho de 2019 (2h 10min)
Direção: Jon Watts
Elenco: Tom Holland, Jake Gyllenhaal, Zendaya
Gênero: Aventura
Nacionalidade: EUA
Distribuidor: SONY PICTURES
Ano de produção: 2019


Cearense com gosto de gás! Cinéfilo, crítico, desenhista, designer gráfico, professor de Cearensês e Mestre Jedi na arte de fazer piada ruim.


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