A Linha da Extinção é mais uma obra tensa e cheia de ação de George Nolfi, diretor que já entregou trabalhos como Os Agentes do Destino (2011) e O Ultimato Bourne (2007). Nesse filme, ele nos transporta para um mundo pós-apocalíptico nas Montanhas Rochosas, onde a humanidade é ameaçada por criaturas monstruosas que brotaram da terra. A trama acompanha um pai solteiro, interpretado por Anthony Mackie (Vingadores: Ultimato e Ajuste de Contas), que se une a duas mulheres corajosas, vividas por Morena Baccarin (Deadpool e Serenity: A Luta pelo Amanhã) e Maddie Hasson, para salvar a vida de seu filho.
Anthony Mackie se destaca ao dar vida a um homem desesperado, mas resiliente, cuja prioridade absoluta é proteger seu filho. Sua atuação equilibra emoção e ação de forma convincente. Morena Baccarin traz força e humanidade ao seu papel, com um desempenho que explora tanto sua bravura quanto os traumas de sua personagem. Juntas, as atuações principais criam uma dinâmica que carrega o filme, mantendo o espectador investido no destino desse trio improvável.
A direção de Nolfi é mais uma vez eficiente, principalmente na construção de cenas de ação e suspense. Ele sabe como criar tensão sem depender de exageros, e seu trabalho com os efeitos visuais faz justiça ao cenário apocalíptico. Apesar disso, alguns momentos parecem apressados, deixando certas relações entre os personagens menos exploradas do que poderiam ser. Isso pode frustrar quem procura um desenvolvimento mais profundo.
O roteiro é direto e foca na sobrevivência e no sacrifício, explorando o que significa proteger quem amamos em um cenário de devastação. Um dos momentos mais impactantes é quando o personagem de Mackie precisa enfrentar uma escolha que questiona seus próprios limites morais, um detalhe que reforça o tema central do filme: até onde iríamos por aqueles que amamos? Essas escolhas tornam a experiência mais emocional, ainda que o filme não traga grandes reviravoltas ou inovações no gênero.
A Linha da Extinção pode não ser um marco na ficção científica, até porque o enredo parece bem conhecido; mas, cumpre bem seu papel como um thriller pós-apocalíptico que mistura ação e emoção. É um bom programa para quem gosta de histórias de sobrevivência e dilemas humanos intensos. Minha nota é 8,5, com destaque para as performances de Mackie e Baccarin e a direção competente de Nolfi.
Vi uma certa semelhança com o enredo de Um Lugar Silencioso; nele o limite era o silêncio; já essas criaturas é a altitude, onde só se está seguro acima de 2.400 metros. Porque? Não digo... Outra comparação seria com Guerra Mundial Z, mas isso você só descobrirá no final. Dica: esperem o pós-créditos.
James Drury 4
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