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Exterminador do Futuro: Destino Sombrio | Análise com Spoiler!


Mais do mesmo com toque de James Cameron?
Depois de muita expectativa e estardalhaço da mídia geek dizendo que a franquia distópica mais conhecida do cinema sobre um futuro pós-apocalíptico contra as máquinas teria uma nova guinada, eis que nos chega algo tipo assim, bonzinho.
Estou falando de Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, dirigido por Tim Miller (Deadpool), roteiro de David GoyesJustin Rhodes e Billy Ray e co-produzido pelo próprio James Cameron, diretor dos primeiros filmes da franquia, além de vários outros grandes sucessos de bilheteria e premiações.
Mas por que tanta expectativa mesmo? Ora, ora, porque quando James Cameron diz que vai voltar a um projeto que tinha vendido os direitos e diz que você expectador, deve esquecer dos outros filmes da franquia, é porque pode esperar uma surpresa das grandes ao nível James Cameron. Afinal ele disse que esta seria a verdadeira trama na sequência de Exterminador do Futuro II: O Julgamento Final.

Entretanto, contudo e todavia, acabamos por ver um thriller ritmado entre cenas de ação de tirar o fôlego e cenas de costura de roteiro com lindas mensagens motivacionais. Roteiro não estava com essas surpresas mirabolantes todas. Ou seja, não era a última Cajuína gelada no deserto.
Mas vamos analisar alguns pontos interessantes do filme.
PONTOS NEGATIVOS
– Desconfiguração do potencial de John Connor: O plot de chacinas, tiroteios e perseguições do segundo filme da franquia era salvar a vida do garoto John Connor de um T-1000 (um dos vilões mais fodas do cinema). Em Destino Sombrio John Connor já papoca nos primeiros minutos de tela. Hasta La vista, Baby.
– Redefinir não é o mesmo que inovar: Perceba caro leitor que não critico o excelente trabalho de Cameron na construção de novos mundos ficcionais e roteiros incríveis. Mas quando você vai tentar redefinir uma franquia que já foi jogada de um lado para outro durante uns vinte anos, não pode esperar inventar a roda e lacrar no rolê só porque foi você que inventou a brincadeira. Em suma, a essência da trama já foi incansavelmente explorada, não prometa surpresas.
– Atuações fraquinhas: Daniella Ramos vivida pela atriz Natalia Reyes não está muito convincente, você não consegue imaginar, nem na cena que mostra um pouco disso, essa mulher liderar a rebelião humana. A humana alterada Grace, vivida por Mackenzie Davis, não está tão ruim, mas não vai ganhar nenhum Oscar. Quanto ao novo exterminador modelo REV-9 do ator Gabriel Luna, ele tenta, mas tentar tirar o posto de Robert Patrick caçando como T-1000 é covardia.
– Ritmo previsível das cenas tiram a surpresa: Depois de meia hora de filmes você já fica sabendo em que momento o novo Exterminador vai atacar e quanto tempo os mocinhos terão para resolver desavenças. Muito CGI em algumas cenas tornam irreais como a cena do avião.
– Suspense desnecessário em revelar algumas informações: Não consegui engolir aquela desculpa esfarrapada da Grace em não contar sobre o futuro logo.
PONTOS POSITIVOS
– Fan Service pra Chuchu: Shwarza está lá como T-800 e dessa vez com uma treta sinistra com a incrível Linda Hamilton vivendo novamente Sarah Connor depois de mais de 20 anos. Saudosismo e torcida animada para que ela não morra e ele só seja destruído com uma daquelas cenas dramáticas e vibrantes.
– Cenas de ação/perseguição para te prender na poltrona: O diretor honrou a sequência do segundo filme da franquia e nos deu cenas explosivas e interessantes.
– We Can Do It!: Exploração de papéis com feminilidades diferentes, onde mulheres não são apenas úteros ambulantes que podem gerar novos homens líderes, mas agora elas são as líderes e as protetoras alteradas tecnologicamente ou com vasta experiência em combate e inteligência militar.
– Mensagens sutis e mensagens diretas: O roteiro nos traz uma mensagem motivacional de que qualquer pessoa pode se tornar um John Connor quando for preciso, para ajudar o outro. Destino é algo a ser construído pelas nossas escolhas e que a cada nova mudança de ação estamos mudando as probabilidades para o futuro. Exemplo é de que Skynet não existe mais, agora os humanos terão que enfrentar um conjunto de IA’s(Inteligências Artificiais) chamado “Legião”, criadas pelo mesmo motivo: aperfeiçoamento militar.
Concluo esta crítica dizendo que não é um filme tão ruim, apesar de ser aquém do que esperávamos no quesito roteiro, mas na ação, a mão de James Cameron ainda está lá presente, lhe convidando a pensar nas diversas possibilidades de futuros sombrios repletos de Exterminadores.

  1. ficha técnica
Título original Terminator: Dark Fate
Distribuidor Fox Film do Brasil
Data de lançamento 31 de outubro de 2019 (2h 09min)
Direção: Tim Miller
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Mackenzie Davis
Gêneros Ação, Ficção científica
Nacionalidade EUA
Ano de produção 2019


Memezeiro, escritor, pai e amigo de um magote de fuleiro. CEO do EagoraCast Podcast, parceiro Callango Nerd.



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