PLANETA DOS MACACOS: A GUERRA | Vale ou não a pena assistir? Leia nossa crítica 2

PLANETA DOS MACACOS: A GUERRA | Vale ou não a pena assistir? Leia nossa crítica 2


Bom galera, uma semana após a publicação de nossa primeira crítica de Planeta dos Macacos por nossa querida "Callanga" Leila Domicio (ela vai me matar quando ler isso), tive a oportunidade de assistir esse filmaço nesta terça-feira (01/08), em uma pré-estreia exclusiva organizada pela galera do Espaço/Z. 

Pense em uma sessão "rocheda", teve combo de pipoca + refri e picolé Pardal (que eu peguei mais de um, porquê sou "gaiato" e "isgalamido"). Agora sem "leruaite" vamos partir para o que interessa. 

  1. INFORMAÇÕES
Título original: War For The Planet Of The Apes
Data de lançamento: 3 de agosto de 2017 (2h e 20min)
Direção: Matt Reeves
Elenco: Andy Serkis, Woody Harrelson, Steve Zahn...
Gêneros Ficção científica, Ação, Aventura
Nacionalidade: EUA
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Ano de produção: 2017

Chegou o grande momento, a finalização dessa trilogia épica. Depois de Planeta dos Macacos: A Origem(2011) e Planeta dos Macacos: O Confronto (2014), chegou a vez de Andy Serkis incorporar César mais uma vez em Planeta dos Macacos: A Guerra. 

Durante cerca de seis anos, acompanhamos a evolução de César. Uma evolução que abraça tanto o desenvolvimento do personagem em si. quanto ao trabalho tecnológico de captura de movimentos, pelo qual Andy Serkis deveria ganhar um prêmio de mestre. 

O crescimento de César é gradativo no decorrer dos filmes. Em A Origem vemos seu nascimento e crescimento físico e intelectual, onde temos a cena icônica ao lado de Tom Felton em que César fala pela primeira vez, e o final onde ele se desprende por completo de sua ligação com Will Rodman (James Franco), seu “pai”. No segundo filme vemos um César mais experiente, um líder respeitado que acaba enfrentando a rebeldia de Koba. A presença humana nesse filme é menor que no primeiro, mas temos com Malcolm (Jason Clarke) um bom aliado. Já em O Confronto o tempo de tela dos símios é de quase 90%. César finca com os dois pés (ou mãos) em sua posição de verdadeiro protagonista de toda a saga. 

César dessa vez enfrenta um antagonista mais cruel que os antecessores, o coronel vivido por Woody Harrelson de forma excepcional. Harrelson traz um antagonista que intercala entre a loucura e uma quase sanidade motivada por princípios comuns. Seu desenvolvimento é claro e suas motivações são verossímeis, nos fazendo pensar se teríamos a mesma atitude que ele ou não, estando na mesma situação. Algo que me lembrou bastante as motivações do Abutre vivido por Michael Keaton em Homem-Aranha de Volta ao Lar.

A carga emocional desse filme está ligada ao máximo, fazendo dele algo mais que uma luta entre o bem e o mal, o certo e o errado. César enfrenta um desafio pessoal que faz com que ele duvide de sua importância como líder, duvide se ele é bom ou mau, se ele estaria sendo um novo Koba ou não. Falando em Koba, os acontecimentos do segundo filme afetam e muito o psicológico de César no filme inteiro. 

O filme tem uma excelente divisão de tempo fazendo com que o espectador acompanhe todos os momentos do filme de forma coesa e empolgante. Momentos de drama, ação, angústia, tristeza e é claro, com toques preciosos de humor graças a um personagem que rouba todas as cenas que aparece, o novato “macaco mau” dublado por Steve Zahn. 

Os efeitos visuais estão simplesmente incríveis. É impressionante ver a pelagem dos símios molhados, com neve, secos, com lama, com areia e muito mais. Mesmo no meio de tanta perfeição visual, ainda temos a sutileza e a verdade transmitida pelos olhos dos símios. São de verdade, existe sentimento lá, não são apenas efeitos criados e moldados por CGI. 

A direção de Matt Reeves já havia me impressionado desde o filme anterior. Achei incrível como ele fez com que elementos apresentados lá no primeiro filme, aparecessem como símbolos nos filmes seguintes: como é o caso da janela do César e o de “macacos unidos são mais fortes” feitos com punhos fechados, igual ao que César fez em A Origem, em uma cena ao lado do grande parceiro Maurice. 

A trilha sonora é perfeita em todas as ocasiões, acompanhando de forma precisa o sentimento passado pelos personagens na tela. Ela só engrandece mais ainda um filme fenomenal. 

Respondendo a pergunta título do post, sim, vale a pena assistir. Planeta dos Macacos: A Guerra, um dos melhores filmes lançados este ano,  finaliza essa trilogia com um feito pouco visto no cinema. Uma trilogia que foi melhorando a cada filme lançado, fechando de forma incrível e emocionante. Confesso que fiquei com os olhos lacrimosos e aquela sensação de vazio e de saudade prematura no final. Andy Serkis já merecia um Oscar pelos filmes anteriores, mas nesse ele conseguiu a incrível façanha de se superar.
  1. gALERIA
War of The Planet Apes



O Kryptoniano que caiu com gosto de gás no Ceará. Cinéfilo, crítico, desenhista, designer gráfico, professor de Cearensês e Mestre Jedi na arte de fazer piada ruim.

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