ANNABELLE 3 | Vale ou não a pena assistir?

1. SINOPSE E DETALHES

Quando Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) deixam sua casa durante um fim de semana, a filha do casal, a pequena Judy Warren (McKenna Grace), é deixada aos cuidados de sua babá (Madison Iseman). Mas as duas entram em perigo quando a maligna boneca Annabelle, aproveitando que os investigadores paranormais estão fora de jogo, anima os letais e aterrorizantes objetos contidos na Sala dos Artefatos dos Warren.

Nada como um terror ao estilo James Wan para fazer-nos afundar um pouco na poltrona do cinema e levar aquele susto que sucede o prender de respiração com trilha de suspense. É exatamente disso que trata o terceiro filme da franquia sobre a boneca mais assustadora do cinema: Anabelle 3 – De volta para casa. 

O filme dirigido por Gary Dauberman, figura já carimbada na direção de filmes de terror como a Freira (2018), os outros 2 filmes de Anabelle e as 2 partes de IT – a Coisa, sendo este último também sendo aguardado para os próximos meses. Além disso, o roteiro foi assinado por Dauberman e James Wan, diretor de Invocação do Mal (2013), que deu origem a este universo compartilhado do sobrenatural que gira em torno dos trabalhos do Casal Warren. 

Ed Warren e Lorraine Warren, vividos respectivamente por Patrick Wilson e Vera Farmiga, são demonologistas e pesquisadores de casos sobrenaturais que realmente existiram. O casal tinha uma sala de artefatos derivados de casos sobrenaturais onde guardavam inclusive uma boneca chamada Anabelle. Até aí você já sabe por ter visto em outros filmes desta franquia, mas é sobre os primeiros contato e acontecimentos com este objeto e a família Warren que tratam este filme. 

Esta análise não tem spoiler então posso lhes informar por alto que toda a estrutura narrativa dos outros filmes continua neste, a composição de cenas com apresentação de novos fantasmas e elementos criativos e assustadores de cada um destes estão lá. As cenas de queda de personagem e puxão pelo pé que não pode faltar, bem como possessão estão no filme. O ritmo do filme é bom nos fazendo sair da guinada de suspense que culmina com susto para uma cena que traduz lições sobre amizade, família ou empatia, depois voltando para o suspense e susto. 

Nesta dinâmica não se pode deixar de notar o carisma tímido da atriz mirim Mackenna Grace que vive a personagem Judy, filha dos Warren, e um certo alívio cômico do personagem de Bob “das bolas”. Por outro lado, não teremos Patrick Wilson e a encantadora Vera Farmiga com tanto tempo de tela que merecem. 

Temas como bulling na escola e apoio familiar, assim como a importância da amizade na adolescência são tratados na película. Tendo aquela cena emocionante com uma bela lição de moral também no filme. 

Pontos negativos vão para a teimosia ou determinação ao erro da personagem de nome Daniela, e a certa falta de resolução de elementos plantados ou personagens secundários. Nada que a suspensão de descrença não alivie. Mais um ponto negativo, em minha humilde opinião, é a aparência folclórica medieval de demônio com chifres e elementos clássicos. Pontos positivos vão para a criatividade nas cenas de susto, ênfase para o plano sequência do fantasma chamado “Noiva sangrenta”. Excelente. Outro ponto positivo é a resignificação de espaços para criar ambientes aterrorizantes, além da resignificação de objetos de cena onde um simples jogo infantil ou moeda podem causar calafrios. 

No mais, vale a pena curtir mais alguns sustos assistindo ao filme de Anabelle, o objeto mais perigoso da coleção amaldiçoada do casal Warren.

1. FICHA TÉCNICA

Título original: Annabelle Comes Home