VENOM | Vale ou não a pena assistir? Confira nossa resenha (Com Spoiler)


Depois de um marketing desses, é claro que se espera uma boa coisa. SQN.
  1. informações
Título Original: Venom
Data de lançamento 4 de outubro de 2018 (1h 52min)
Direção: Ruben Fleischer
Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Riz Ahmed mais
Gêneros Ficção científica, Ação
Nacionalidade EUA
Não recomendado para menores de 14 anos

Todos sabemos que os direitos do universo do Homem-Aranha pertencem a Sony, e que foi através de um acordo que o “teioso” pode fazer parte do MCU, mas ninguém se perguntou se a Sony continuaria ou não bebendo dessa fonte. Foi assim que de forma inesperada, sem mais nem menos a Sony decidiu anunciar um filme solo do Venom. Tudo muito rápido, de repente já tinha diretor, roteirista e protagonista. É, a Sony não quer mesmo largar o osso. Será que foi uma boa ideia? Veremos.

Neste filme, o simbionte tem sua origem modificada, sem a presença de Peter Parker. Eddie Brock (Tom Hardy) é um jornalista no melhor estilo blogueiro, com um veículo de notícias próprio. Além do trabalho, Brock tem um relacionamento com uma moça chamada Anne Weying (Michelle Williams), que trabalha para uma empresa que presta serviços para a grande Life Foundation, uma espécie de Umbrela Corporation de 'Resident Evil'. Como um bom jornalista, seu faro é apurado para furos de reportagem, e é nesse intuito que ao “bulir” no notebook de sua noiva, para saber mais sobre essa tal corporação, ele acaba encontrando documentos ultrassecretos que mostram um estranho envolvendo com experimentos executados com cobaias humanas. Com uma pulga atrás da orelha, Brock procura o CEO da Life Fundation, Carlton Drake (Riz Ahmed), para saber que “xafurdaria” é essa que a corporação anda fazendo. Infelizmente ele não percebeu que estava cutucando onça com vara curta, e o tiro acabou saindo pela culatra, custando não apenas seu programa e sua carreira, mas também o emprego da noiva, e seu relacionamento também.

Meses depois, desempregado, falido, andando pela rua, largado e f***** (segura a referência), Brock consegue uma ajuda interna, para e infiltrar na corporação, e descobre que estão executando experimentos com simbiontes alienígenas em cobaias humanas. Novamente Brock faz besteira, e acaba tomado por um dos simbiontes, proporcionando a ele super força e regeneração acelerada, que acaba sendo uma mão na roda para quem está fugindo dos seguranças da corporação. Agora ele precisa se adaptar e trabalhar sua relação com um simbionte alienígena de se denomina como Venom, se quiser sair vivo dessa, já que o simbionte tem planos bem macabros.

A primeira coisa que devemos lembrar, é que Venom não tem nenhuma ligação com o Homem-Aranha, mas isso não é de todo ruim, pois, tem como sair algo bom. A Sony investiu pesado no marketing deste filme, prometendo uma produção sólida, mas isso acaba não acontecendo como o planejado.

No início dessa semana, rolou uma notícia de que o filme estava no mesmo nível de 'Mulher Gato' e do último 'Quarteto Fantástico', mas só “Venom” pra saber se o filme realmente era ruim (não resisti a essa piada). "PoiZé", o cara que disse isso exagerou, mas não inventou.

Para sintetizar isso melhor, preciso mostrar os pontos positivos e negativos.

Pontos positivos: Tom Hardy é quem segura o filme. Sua interpretação é muito boa, parecendo caricata no início, mas que acaba ganhando corpo com o decorrer da história. Quando tomado pelo Venom, ele consegue representar toda a confusão na cabeça de alguém que ouve vozes, e o medo por estar fazendo atrocidades contra a própria vontade. A dinâmica entre Brock e Venom disputando o controle do mesmo corpo, ambos interpretados por Hardy, é divertida criando uma relação de parceria parasita e hospedeiro, sendo o melhor que o filme tem a oferecer.

A aparência do Venom também é muito boa, é o que esperávamos em Homem-Aranha 3. Ele é grande, musculoso de forma grotesca, com a clássica língua enorme. Ficou faltando a clássica aranha branca no peito, que é justificável pelo simbionte nunca ter tido contato com Peter Parker. Mesmo assim senti falta.

Pontos negativos: Total desperdício do elenco. O carisma de Hardy não se estende para o resto do elenco. O vilão Carlton Drake, interpretado por Riz Ahmed, é entediante desde a primeira cena, explicando tudo nos mínimos detalhes, como se não conseguíssemos deduzir. Quem vai na mesma onda é Michelle Williams como Anne Weying, que além de conseguir ser quase uma Kirsten Stewart, também não tem muito pra fazer no filme todo, exceto no terceiro ato onde através dela o Venom concretiza o bromance com Brock. Sim, sem “inxame”, eles dão uns pega com ela incorporando o simbionte.

Outro ponto fraco é a cena de luta final entre Venom e Riot. O que teoricamente deveria ser o clímax do filme. Riot é o simbionte que possui o corpo de Carlton Drake, e tem várias habilidades que o faz ser mais forte que o Venom, dando uma real impressão de ameaça. Pena que nessa altura do campeonato, você já não está se importando muito em como a história vai terminar. A luta entre os dois é quase incompreensível, uma bagunça visual tão grande que quase fiquei vesgo. Os dois personagens são grandes e escuros, daí a luta é de noite e focada em planos próximos. WTF?

Respondendo a pergunta título do post, não vale. O filme não é tão ruim que chegue ao nível de Mulher Gato, como dizem, mas também não é uma obra que você vá pagar para ver no cinema. Infelizmente o que era esperado como um filme original, acabou sendo um clichê. Incluindo a nova moda de cortar cenas apresentadas nos trailers, e de cenas mais pesadas para reduzir a classificação do filme. Talvez possamos ver algo menos ruim na versão para Blu-Ray. Tom Hardy tentou, fez o possível, teve foco no seu trabalho e mostrou uma visão isolada da obra. Não sei se esse filme terá uma sequência, mas se tiver, o mérito todo é dele.

Serviço de utilidade pública:
  • Não, o Homem-Aranha não aparece.
  • Sim, tem Stan Lee.
  • Não, não tem sangue.
  • Sim, existem duas cenas pós-créditos.


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