BOHEMIAN RHAPSODY | Vale ou não a pena assistir? Leia nossa resenha

BOHEMIAN RHAPSODY | Vale ou não a pena assistir? Leia nossa resenha


Depois de muitos problemas de produção, finalmente a cinebiografia a banda Queen, 'Bohemian Rhapsody', saiu do papel. O resultado vinha dividindo opiniões, e isso foi algo que atiçou mais ainda minha curiosidade. Então, nesta segunda-feira (29) tive a oportunidade de tirar minhas dúvidas, durante uma cabine de imprensa organizada pela Espaço/Z.

  1. informações
Título Original: Bohemian Rhapsody
Data de lançamento: 1 de novembro de 2018 (2h 15min)
Direção: Bryan Singer
Elenco: Rami Malek, Lucy Boynton, Aaron McCusker
Gêneros: Biografia, Drama
Nacionalidade: EUA
Distribuidor: Fox Film do Brasil
Ano de produção: 2018

Freddie Mercury (Rami Malek) e seus companheiros, Brian May, Roger Taylor e John Deacon mudam o mundo da música para sempre ao formar a banda Queen durante a década de 1970. Porém, quando o estilo de vida extravagante de Mercury começa a sair do controle, a banda tem que enfrentar o desafio de conciliar a fama e o sucesso com suas vidas pessoais cada vez mais complicadas.

Inicialmente o filme seria protagonizado pelo comediante Sacha Baron Cohen, que tem bastante semelhança com Freddie Mercury, mas o ator acabou abandonando o papel. Muito foi dito a respeito disso, mas o baterista do Queen, Roger Taylor informou que o ator nunca levou o projeto, e nem o Freddie a sério. Sendo assim, Rami Malek assumiu a responsabilidade. Ainda bem!

O filme acompanha toda a trajetória do Queen, desde o início, antes mesmo de se chamar Quenn, antes Freedie Mercury entrar para a banda, e bem antes de ele se chamar assim também. No início a banda Smile que era formada pelo guitarrista Brian May e pelo baterista Roger Taylor, tinha acabado de perder seu vocalista, até que um filho de indianos chamado Farrokh Bulsara, se ofereceu para o cargo. John Deacon entrou na banda depois como baixista, Farrokh assumiu o nome de Freddie Mercury, e Smile passou a ser Queen.

Diferente do que muitos esperavam, o clima é bem leve, mas dramático. A trama se desenrola de forma linear, mostrando toda a concepção do nome da banda, das músicas, da trajetória de ascensão, negócios com empresários, lançamentos de discos, intercalando com a vida conturbada de Freddie. Conhecemos Mary Austin (Lucy Boynton), o grande amor da vida de Freddie, para quem ele escreveu 'Love of My Life'. O impacto da descoberta de sua homossexualidade, que é mostrada de forma sutil, assim como a vida de luxúria, bebidas e drogas, e o vírus da AIDS em sua vida. Seu afastamento da banda para gravar dois discos solo em 85, e o marcante retorno em um dos maiores eventos beneficentes do mundo, o Live Aid.

A trama se concentra na vida de Freddie, mas Brian May (Gwilym Lee), John Deacon (Joseph Mazzello) e Roger Taylor (Ben Hardy) são partes fundamentais na composição. Embates, discussões, a forma que os excessos de Freddie afetava a relação deles, e a visão que cada um tinha do vocalista.

O maior problema do filme, é não ter um foco específico, deixando a história um pouco dispersa, fazendo um loop entre a história das músicas, shows, vida do Freddie. Isso me deixou com a sensação de que alguma coisa estava faltando. Existe também um furo no roteiro, ao mostrar a criação de 'We Will Rock You' (1977), depois da apresentação no Rock In Rio em 1981.

Os melhores momentos são os de Malek, é impressionante como ele cresce na trama. Fiquei receoso quando ele foi anunciado, até ver os primeiros segundos de filme. Freddie era um showman, se movimentava bastante no palco, tinha um jeito todo particular de dançar e Rami Malek fez tudo isso com maestria, superando minhas expectativas em todos os sentidos. Ele se entregou de verdade, e não é nenhum exagero imaginar ele ganhando o Oscar com esse papel.

A caracterização de todos os componentes, está incrível, além da reconstrução de clipes e shows. Se destacando o de 'Bohemian Rhapsody', e o Live AID. Esse último, que é o momento final do filme, traz toda a sensação e emoção do original. O trabalho corporal e de dublagem de Malek, se destacam ainda mais nesse momento. É possível colocar os dois vídeos lado a lado para comparar e ver o resultado, que foi uma verdadeira viagem no tempo.

Respondendo à pergunta título do post, sim, vale e MUITO a pena assistir. Mesmo com altos e baixos, e pelo fato de 'Bohemian Rhapsody' não apresentar uma grande história de fundo, os momentos dramáticos conseguem superar tudo isso, e são capazes de nos fazer suar pelos olhos. Apesar de sentir que faltava algo, a melhor sensação após o fim dos créditos, é a vontade de assistir de novo, e é isso que estou sentindo.

Freddie era excêntrico, tinha uma aparência questionável, dentes avantajados, cabelo desajustado, relacionamentos confusos, mas tinha um talento inquestionável, uma potência vocal incrível, e marcou toda uma geração, fazendo do Queen uma das maiores bandas de Rock do mundo, com canções que fazem sucesso até hoje.


  1. Informações adicionais

Existe referência à entrevista da Glória Maria.

O título do filme pela música 'Bohemian Rhapsody', foi escolhido por conta da música ter sido um divisor de águas na trajetória do Queen. A composição da música é um dos melhores momentos do filme.

A voz de Freddie em alguns momentos do filme, foi dublada por Marc Martel. A informação foi confirmada pelo próprio cantor à revista Rolling Stones.


O Kryptoniano que caiu com gosto de gás no Ceará. Cinéfilo, crítico, desenhista, designer gráfico, professor de Cearensês e Mestre Jedi na arte de fazer piada ruim.


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