LOGAN (CRÍTICA 2) | Vale ou não a pena assistir?



Primeiro, vamos fazer um instante de silêncio em homenagem ao nosso querido Wolverine.....
  1. informações
Título Original: Logan
Data de lançamento 2 de março de 2017 (2h 18min)
Direção: James Mangold
Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Boyd Holbrook
Gêneros Ação, Ficção científica, Aventura
Nacionalidade Eua
Distribuidor Fox Film do Brasil
Ano de produção 2017

Tive a oportunidade de conferir em primeira mão esta obra prima que nos despede de uma figura única dos quadrinhos e filmes.

Depois de ter participado de todos os filmes dos X-Men e de ter tido dois filmes solo, dessa vez, a história se passa em um futuro próximo, mais precisamente em 2029, com um Logan (Hugh Jackman) mais velho, com direito às visíveis sequelas do tempo. Seus poderes já não são mais os mesmos, funcionam com certa dificuldade. Não se cura com a mesma rapidez e nem tem a mesma destreza. Para garantir seu sustento, ele trabalha como motorista de limusine, transportando uma "ruma de lesado" pra lá e pra cá. Enquanto cuida, com a ajuda de Caliban (Stephen Merchant), de um senhor mutante com seus 90 anos, o agora debilitado e frágil Charles Xavier (Patrick Stewart), em um esconderijo na fronteira Mexicana. O mundo já não é mais o mesmo, já quase, não há mais mutantes, pois os genes X foram eliminados devido a substancias colocadas na comida. Mas um dia, conhece uma mulher que diz estar precisando de sua ajuda para levar Laura (Dafne Keen, também conhecida como X-23), uma criança mutante, para o outro lado do país, onde diz existir um refúgio para mutantes. É aí que começa a "bagaça!" Quando mercenários conhecidos como Os Carniceiros, liderados por Pierce (Boyd Holbrook),e armados até os dentes, chegam para capturar a todos.

O filme é ótimo! Achei interessante, pois não é um típico filme de super-herói, e sim algo mais, com capricho e um gosto mais refinado. Pensando bem, nunca pensei nos X-Men como super-heróis e sim como seres superdotados, que tem de aprender a conviver com suas particularidades como qualquer pessoa com alguma característica fora do normal, que só querem viver em paz na sociedade, como qualquer pessoa que não entende a responsabilidade de ter uma habilidade incomum e pode acabar utilizando da forma errada.

Mas, voltando ao que interessa, esse filme está mais para um drama com cenas de ação, e que cenas de ação! Cada vez que o Logan ou a X-23 (Laura) lutavam com alguém, eu sentia gosto de sangue! Eu já conhecia a violência dele nos quadrinhos, muito bem coloridos e cheios de detalhes, mas ainda não conhecia a X-23, que apesar de ser uma atriz tão jovem, me impressionou. Perfeita para este papel. Primeiro você olha e vê uma criança "réia", "abestada", bem inocente e ingênua. Espere só alguém "bulir" com ela que a bichinha vira o demônio da Tazmania de tão rápido que ela se move! Aquelas garras das mãos e dos pés fazem um filé trinchado em um piscar de olhos! Só podia ser clone do "Wolfie" mesmo. É uma violência bonita de se ver, pois é bem feita. O sangue jorra! Não como Tarantino. A gente vê bem aquelas facas Ginsu que tem dentro deles funcionando do jeito que deveriam.

Hugh dá o show de sempre como grande ator que ele é. Encarnou esse papel até o último momento, como poucos conseguiram com outros personagens.

A emoção de ver dois personagens tão fortes como são o Wolverine e o Prof. Xavier, ambos tão debilitados, me deixou um tanto desconfortável, mas mesmo assim, ainda tinham garra (olha o trocadilho!) suficiente, para encontrarem a força necessária para lidarem com seus problemas.

É muito interessante ver esse Logan com a vista falhando, enxergando com ajuda de óculos, como qualquer pessoa de idade mais avançada. Tendo um emprego tão avesso ao Wolverine que conhecemos das histórias passadas devido às dificuldades financeiras. Longe daquele mundo dos X-Men que tinham uma nave bonitona, uma casa enorme, roupas e tudo o que precisavam. Só se preocupavam com a luta pela causa. Logan agora só quer viver o resto de sua vida em paz sendo uma pessoa comum.

Senti nesse filme um drama real. Contando o fim da história de um personagem sentimentalmente profundo, e apesar de ser essencialmente bom, tem suas fraquezas humanas que lhe faz errar antes de acertar.

Filmaço! Vale muito a pena assistir! É tão emocionante que lágrimas brotam no final. Nem Terry Crews no personagem do policial Earl, do Tá chovendo Hambúrguer, seria capaz de resistir.



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