E aí galera, essa semana estive em mais uma cabine de imprensa à convite da EspaçoZ para conferir esse incrível filme que me deixou de boca aberta, A Chegada! Agora, sem "Leruaite" vamos partir para o que interessa.
Título original: Arrival
Data de lançamento: 24 de novembro de 2016 (1h 56min)
Direção: Denis Villeneuve
Elenco: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker
Gênero: Ficção científica
Nacionalidade: Eua
Distribuidor: SONY PICTURES
Ano de produção: 2016
Depois de se consagrar com o gênero de suspense psicológico na direção de Os Suspeitos, O Homem Duplicado, Sicario: Terra de Ninguém, o cineasta canadense Denis Villeneuve resolveu sair de sua zona de conforto e se arriscar em um gênero totalmente diferente, a ficção científica.
"Cê é o bichão memo né? Mas aí, deu certo?"
Isso é o que vamos responder.
A Chegada se passa nos dias atuais, quando simplesmente, do nada, enormes naves alienígenas denominadas de conchas, (pra mim, lembram mais bandas de amendoim gigantes. Rsrsrs), invadem a terra, literalmente pairando sobre nossas cabeças, espalhadas por diversos pontos do planeta. Mas sem os clássicos ataques de raios e abduções, isso seria muito clichê, algo que esse filme não é.
"Sem raios e abduções? Peraí, o que eles querem afinal?"
Esse é o grande questionamento do filme. É nesse exato ponto que entra a Dra. Louise Banks (Amy Adams), uma especialista em linguística que é convocada pelo governo para ajudar na comunicação com os visitantes extraterrestres, para sabermos quais são as intenções deles em nosso planeta. Para isso ela terá a ajuda do cientista Ian Donnelly (Jeremy Renner).
Desde Gravidade, anualmente temos o privilégio de contar com excelentes produções de ficção científica e A Chegada veio "com gosto de gás" para deixar sua marca. Inicialmente, o longa nos é apresentado como uma ficção científica, mas no decorrer de sua trama, percebemos que isso é apenas um plano de fundo para um drama envolvente, tocante e o melhor de tudo, não linear. Se você se lembrou de Interestelar, o caminho é esse mesmo.
Assim como em Interestelar, é necessário que o espectador abra bem a mente e simplesmente absorva todas as informações contidas na história. Vemos através dos olhos de Louise Banks, o drama pessoal de uma perda, se mesclando com a iminente extinção da vida na Terra. Conceitos de viagem no tempo e a falta de perspectiva causada pelo luto, são abordados com muita delicadeza. Inicialmente a comunicação que Louise estabelece com os ETs pode até parecer confusa em meio a diversos flashbacks, mas como foi dito antes, a absorção de todas as informações é importante, pois o grande trunfo desse incrível longa são os loops de linhas temporais que nos envolve em falsas linearidades óbvias. É aí onde mora a genialidade do roteiro de Eric Heisserer (Quando as Luzes se Apagam).
O longa também mostra uma interessante visão sobre o comportamento humano. Algo que eu gostei bastante. Após a invasão, o mundo entra em colapso, saques e crimes de todos os tipos são cometidos sem escrúpulos. Por medo da morte as pessoas acabam se matando, até escorpiões com medo do fogo, utilizando o próprio ferrão para cometer suicídio. Outro ponto importante é perceber que a única forma de fazer com que todas a nações do planeta se unam, é a presença de um inimigo em comum, não melhor estilo "o inimigo do meu inimigo é meu amigo".
A trilha sonora é simplesmente incrível, sombria, misteriosa e harmônica ao mesmo tempo, aumentando de forma eficiente o nível de imersão. É possível sentir toda a tensão contida nos personagens e o mistério que envolve as cenas, de olhos fechados. A fotografia também é outro ponto forte, fruto do excelente trabalho de Bradford Young (O Ano Mais Violento).
Respondendo a pergunta título do post, sim, vale é muito a pena assistir a esse incrível filme. A Chegada nos desafia a raciocinar e imergir em sua trama, para sermos surpreendidos no final com uma conclusão capaz de deixar muita gente de boca aberta. Fiquei com cara de "abestado" durante um bom tempo. Denis Villeneuve se arriscou e acertou em cheio, nos trazendo um dos melhores e mais surpreendentes filmes do ano, que com certeza está no patamar dos melhores filmes de ficção científica já feito.
Depois de se consagrar com o gênero de suspense psicológico na direção de Os Suspeitos, O Homem Duplicado, Sicario: Terra de Ninguém, o cineasta canadense Denis Villeneuve resolveu sair de sua zona de conforto e se arriscar em um gênero totalmente diferente, a ficção científica.
"Cê é o bichão memo né? Mas aí, deu certo?"
Isso é o que vamos responder.
A Chegada se passa nos dias atuais, quando simplesmente, do nada, enormes naves alienígenas denominadas de conchas, (pra mim, lembram mais bandas de amendoim gigantes. Rsrsrs), invadem a terra, literalmente pairando sobre nossas cabeças, espalhadas por diversos pontos do planeta. Mas sem os clássicos ataques de raios e abduções, isso seria muito clichê, algo que esse filme não é.
"Sem raios e abduções? Peraí, o que eles querem afinal?"
Esse é o grande questionamento do filme. É nesse exato ponto que entra a Dra. Louise Banks (Amy Adams), uma especialista em linguística que é convocada pelo governo para ajudar na comunicação com os visitantes extraterrestres, para sabermos quais são as intenções deles em nosso planeta. Para isso ela terá a ajuda do cientista Ian Donnelly (Jeremy Renner).
Desde Gravidade, anualmente temos o privilégio de contar com excelentes produções de ficção científica e A Chegada veio "com gosto de gás" para deixar sua marca. Inicialmente, o longa nos é apresentado como uma ficção científica, mas no decorrer de sua trama, percebemos que isso é apenas um plano de fundo para um drama envolvente, tocante e o melhor de tudo, não linear. Se você se lembrou de Interestelar, o caminho é esse mesmo.
Assim como em Interestelar, é necessário que o espectador abra bem a mente e simplesmente absorva todas as informações contidas na história. Vemos através dos olhos de Louise Banks, o drama pessoal de uma perda, se mesclando com a iminente extinção da vida na Terra. Conceitos de viagem no tempo e a falta de perspectiva causada pelo luto, são abordados com muita delicadeza. Inicialmente a comunicação que Louise estabelece com os ETs pode até parecer confusa em meio a diversos flashbacks, mas como foi dito antes, a absorção de todas as informações é importante, pois o grande trunfo desse incrível longa são os loops de linhas temporais que nos envolve em falsas linearidades óbvias. É aí onde mora a genialidade do roteiro de Eric Heisserer (Quando as Luzes se Apagam).
O longa também mostra uma interessante visão sobre o comportamento humano. Algo que eu gostei bastante. Após a invasão, o mundo entra em colapso, saques e crimes de todos os tipos são cometidos sem escrúpulos. Por medo da morte as pessoas acabam se matando, até escorpiões com medo do fogo, utilizando o próprio ferrão para cometer suicídio. Outro ponto importante é perceber que a única forma de fazer com que todas a nações do planeta se unam, é a presença de um inimigo em comum, não melhor estilo "o inimigo do meu inimigo é meu amigo".
A trilha sonora é simplesmente incrível, sombria, misteriosa e harmônica ao mesmo tempo, aumentando de forma eficiente o nível de imersão. É possível sentir toda a tensão contida nos personagens e o mistério que envolve as cenas, de olhos fechados. A fotografia também é outro ponto forte, fruto do excelente trabalho de Bradford Young (O Ano Mais Violento).
Respondendo a pergunta título do post, sim, vale é muito a pena assistir a esse incrível filme. A Chegada nos desafia a raciocinar e imergir em sua trama, para sermos surpreendidos no final com uma conclusão capaz de deixar muita gente de boca aberta. Fiquei com cara de "abestado" durante um bom tempo. Denis Villeneuve se arriscou e acertou em cheio, nos trazendo um dos melhores e mais surpreendentes filmes do ano, que com certeza está no patamar dos melhores filmes de ficção científica já feito.
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